TRIBUTO PARA MONALISA

Eu nem sei se sabes do amor que sinto

Das esplêndidas galáxias que construí

Reverberando centelhas de profusão de cores

Como cardumes em festa que vibram certezas

Que ainda posso conquistar você.

Mas... Vago como pirilampo noturno

Faiscando em desertos sombrios

Odisséia triste de sonhos inacabados

Que morrem na nitidez das horas

Sombreados pela luz do fel amanhecer.

Eu nem sei se sabes

Das cordas vibrantes dos tórridos anseios

Das flores que ornamentam teus castelos

Das vezes que como ser inanimado

Mobiliei o caminho de tuas alamedas

Que fui espectro inominável

No secreto espaço do teu dormir.

Eu nem sei

Os mares da tua pele convidativa

O gosto da pêra se beijar tua boca.

Está dor que julguei vã e passageira

Arde-me assim, feito coisa mui eterna.

Eu não te fiz canções de amor

No instante de beleza estival

Quando a lua refletia-se no lago.

Não te ofertei a mais notável esmeralda

Não conquistei os tesouros de Salomão para ti

Nem a coisa mais preciosa do mundo

Que possa desejar!

Mas te juro, tenho tudo guardado em mim.

Que certamente dar-te-ei como herança

Quando estiveres ao meu lado.

CARLOS HENRIQUE MATTOS
Enviado por CARLOS HENRIQUE MATTOS em 26/06/2008
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