Exilei o amor que havia em mim em tristes poemas
A torpe solidão foi o meu açoite, o meu degredo!
Minh´alma aprisionada por inquebráveis algemas
Fugi de mim mesma, cultivando obscuros segredos...

Vislumbrei o teu olhar, escapei daquele abismo!
Despertei para a vida, enfim, te encontrei...
Cultivei emoções, saí do meu pérfido ostracismo
Estava perdida, sem sonhos, então regressei...

O inverno se foi, levou mágoas, chegou a primavera!
As flores que cultivei em mim, foram a ti ofertadas...
A paixão fez morada em minha vida, adeus quimera!
Viajei pelo mundo afora, percorri plagas inexploradas...

Outra vez regressei e fiz do teu corpo o meu ninho...
Amaste-me sem pudores, com loucura, com avidez!
Entreguei-me plena aos teus ardentes carinhos...
Seduziste-me com teus beijos, doce embriaguêz!