Cantem a mulher que passa
Cálida a flor do dia que me alucina, é menina?
A mulher atravessando ruas da cidade, espaço breve.
Mas curto o desejo infame de beijar
O que nenhum de nós, a boca atreve
Pois que esta mulher fascinante
Peito aberto de estrelas
De olhos negros da chama soturna
De vida, a dama da noite
Queria, numa prece, tê-la
A moça que passa
No seu passo, um canto
Canta em vão, o cancioneiro...
Por amor do nome dela
Aquilo que me é impossível,
E por isso cresce e faz-se assombrosamente bela