"CÂNTICO"
(n.4)


Mesmo que nada mais me encante,
cantarei meu amor, sobre um Monte           
e, por mim, teus pés ainda passarão
um dia, na luz dourada da alvorada,
para ouvires, bem feliz, a passarada.
Mesmo que a água toda se evapore
e, desse bornel, o líquido emborne,
eu serei teu Lago, o Poço, a Fonte,
e tudo aquilo que jamais morre -
como o afeto leal - eterno e forte.
Mesmo que te venha a escuridão,
trarei o mais terno brilho estrelar
depositando-o dentro de teu olhar.
Se tudo isso ainda te não bastar -
serei Farol, o Rio, também o Mar,
e por sobre todos eles, a tua Ponte.

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Silvia Regina Costa Lima
1 de julho de 2008









SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 02/07/2008
Reeditado em 18/01/2009
Código do texto: T1062283
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