Cabaret

Cheiro de pecado...

Mesas na penumbra ,

Edith Piaf ao fundo,

Cabernet Savignon e Charuto...

Corta-me no rosto o frio,

Enquanto todos bebem ,

E saboreiam a harmonia servida ...

Ela surge no palco!

E a luz contorna seu corpo...

Os seios fartos como cálices de vinho,

A cintura na medida do arco dos meus braços,

Pernas longas e torneadas

E pés nos saltos altos.

Está de femme fatale, a minha Lolita...

De cabelos esvoaçados,

Com um rebolado...

De fazer salivar

E ela tem os lábios tão carnudos,

Macios como camurça.

Ah a minha Lolita...

Ela se insinua, já seminua...

Com meias de seda,

Negligê preto, longas luvas

E um falso diamante no dedo.

Ela balança os longos cabelos,

E tira peça por peça requebrando,

Enquanto a platéia está em silêncio,

E em meu peito o coração sangrando.

Ah minha Lolita...

Ah! Cabaret... cabaret...

Minha derrota...

Tanto gostava das belas mulheres,

E do prazer fácil...

Até o show da minha musa Lolita ...

Que com sua inocência,

Seus cabelos trançados,

Saia pregueada

E caderninho nos braços...

Dançou pra platéia

Mas olhou só pra mim...

Ah minha Lolita...

A Madan nem desconfia,

Que sou seu namorado...

Tanto Lolitas, como Femmes:

Só tem compromissos com clientes...

Ah!Cabaret! Cabaret!

O Show continua...

Lolita está nua,

Mas já não é Lolita, nem Femme Fatale...

Sentada tão frágil,

Sob a luz da Lua,

Minha musa...

É apenas um relicário...

Mulher de Cabaret!

Ah! Cabaret!Cabaret!

Princesa Lara
Enviado por Princesa Lara em 06/07/2008
Código do texto: T1067918
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