A TI... DESCONHECIDO MISTERIOSO

Viestes de distâncias ignoradas,

Correstes solidões adormecidas.

E como algo estranho, ancorou,

Junto ao cais de minha vida...

E os ventos que o trouxeram, já cessaram

As ondas remotas que sulcastes,

Entre águas verdes, e espumas brancas do mar...

Já desfaleceram,

E ficaram perdidas noutras noites.

E as estrelas sem fim que iluminaram

Já não existem... Já não as vejo,

Já se apagaram...

Viestes de distâncias ignoradas,

E ficastes a sombra,

Sim, a sombra o meu silencio...

E aqui sobre as águas mansas e recolhidas,

Sobre o sol que o aqueceu... sobre as areias,

És a sugestão indefinida,

De tudo o que em meu ser,

Ficou distante de tua vida...

E quando me supões,

Mais ausente, de alma diluída,

Na infecunda tristeza de mim mesma,

E quando mais te sonho,

É quando mais te amo...

leinecy
Enviado por leinecy em 01/02/2006
Código do texto: T107022
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