MÊDO

Eu me envolvi demais com o teu amor, ao te conhecer.

Eu passei do limite máximo do meu amor.

Por isso hoje eu tenho medo de te perder.

Não é possível voltar para apagar o passado.

Tu perturbas a minha alma dentro de mim.

Já não é possível viver sem ter-te ao meu lado.

Tu não sái da minha vida, não dá sossêgo.

Não existe fuga, não existe saída é só loucura.

E tanto amor assim quando existe, dá mêdo.

Se é covardia eu admito, sou covarde sim.

Mas se é amor, eu quero-o por toda a vida.

Para sentir o prazer de ter-te toda só pra mim.

Você disse que já não era eu, mas cêdo se arrependeu.

E eu te disse que não dava mais, mas voltei atrás.

O nosso amor nasceu de uma icógnita.

Cresceu no meio de tanto mêdo e desconfiança.

Mas é tão forte como o sol,

e lindo como o sorriso de uma criança.

Manaus, 19 de abril de 1989.

Marcos Antonio Costa da Silva