AMANHÃ TALVEZ

Amanhã ao voltar e eu te vir sorrindo

De tanto prazer, que devo te falar?

E da alegria de ver-te, me pedindo

Desesperada, como te amar?

Que carinho teu de alegria irei ganhar

Para apagar o que passei sofrendo

E que farei da velha dor quando morrendo

Não puder te dizer do meu soluçar?

Como esconder a mancha incrustada

Pelo tormento da lembrança guardada

Que a separação originou – real da vida

Figura tua que eu formei tranqüila

Cauta à minha solicitação e a minha risada

E que cobiçara nunca maltrapilha...

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 02/02/2006
Reeditado em 08/03/2006
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