Flâmula do amor

Por entre as árvores um vulto caminhava

Eu o olhava humilde e sereno, cores enfeitavam

Aquele ser tão pequeno oferecendo amor

Aos que despreparados ainda se encontravam.

Luzes e mais luzes o rodeavam, cujo clarão

Formava rastro e iluminava caminhos dos que precisavam

Folhas em leque se abriam e cingiam o amor que sonhava

Caudaloso rio que era agitado no instante se calou

Pássaros admirados em seus ninhos cantavam

O hino da paz que o mundo certo dia apregoou.

Devagar as luzes foram se desfazendo, o vulto

Aos poucos desaparecendo, mas deixou voando

No ar a flâmula do verbo amar que não dá para se ver

Mas se pode com imensa alegria imaginar.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 12/07/2008
Reeditado em 14/08/2008
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