Hei de te amar

Hei de guardar-te na lembrança

No cofre da alma, em que, um dia,

Habitou a minha esperança.

Em silêncio hei de te amar

E minha presença será como o vento,

Brisa suave, doce alento,

Um inaudível murmurar

Da emoção, do sentimento.

Hei de amar-te, ainda que esse amar

De dor seja feito e eu não possa suportar

O vazio de cada ausência tua.

Hei de te amar, de alma nua,

E te acompanhar, como as estrelas à lua.

Nas linhas paralelas da vida,

Brilhos adjacentes nós seremos

E, assim, à distância, nos amaremos.

Shirley Carreira
Enviado por Shirley Carreira em 04/02/2006
Código do texto: T107991
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