Marcas que ficaram
Águida Hettwer
 
 
Desço as ruas da memória, no resguardo da esfinge,
Olho as estrelas, procurando o teu brilho,
Lançando meu pensamento para longe,
Na distância que nos separa segue o trilho,
 
Na esperança de encontra-te, em enlaces cingidos,
Tua imagem permeia roçando a memória boreal,
Entorpece meus sentidos,
Transportam-me em outono celestial.
 
Em uma realidade paralela onde teu gesto deixara,
Marcas do teu riso, minh´alma reage em ascensão,
Retiro as palavras do papel embevecidas de emoção
Para deleitar-me em tua ceara.
 
Desprendem aromas de terra molhada,
Alçam vôo na sensibilidade de doces alvuras,
Unindo energias, em êxtase atingem as alturas...
 
 
18.07.2008