VEM... EU CUIDO DE TI

Vem, deita a cabeça em meu peito,

esquece todos os teus temores.

E ouve o alucinado pulsar do meu coração

que vai assim meio sem jeito

desfiando pra ti uma doce canção,

que fala que por ti morro de amores.

Ah, sente a calma madrugada

que enluarada está a nos abençoar.

Ela é templo da nossa jornada

onde tu e eu transparentes

somos duas sementes plantadas,

jasmineiros em flor.

Somos a réplica ao chamado,

alforriados do pecado e sem dor...

Apenas o doce destino pré-determinado

por um Ser Superior.

Ah, minha adoração...

Tu me queres e eu te preciso.

Então, sem dolo, vou colhendo o teu amor.

Cada manhã, um novo paraíso

onde me alago e me encontro

no sopro entusiástico do teu riso.

Unidos somos tudo,

mas separados não somos ninguém.

E é feito de ti meu conteúdo. Por isso, vem!

Joga fora essa aflição. E antes do dia agonizar

cuida deste coração que se rasga de tanto te amar.

Vem... Eu cuido de ti.