PARA MEU AMOR
Foram tantos os sons,
Que imaginei uma melodia,
Só para você.
Uma orquestra imaginária,
Sendo eu o maestro,
Vacilava nos tons,
Culpa da batuta,
Com a qual,
Eu não sei reger.
A partitura era extensa e,
Solitário no palco,
Imaginei-me um astro.
Um astro que não sabia tocar,
O canto que eu queria cantar.
Quase inerte,
Girei lentamente na ribalta e,
Ao defrontar-me com a cochia,
Encontrei teus cintilantes olhos.
Eles dançavam ao som da melodia
Que eu queria tocar e cantar,
Só pra ver você bailar.
Encantada com o movimento de minhas mãos,
Querendo reger a música para o teu bailado.
Inebriado pelo brilho de teus olhos,
Segui o caminho que levou até você.
Mercê do desejo de amar,
Abraçamo-nos,
Amamo-nos,
Para nunca mais,
Sair do palco de nossa existência.
Para nunca mais,
Deixar de amar,
Ao som da doce melodia
Que compomos abraçados.
Assim,
Cantamos e bailamos juntos,
Sob a regência
Do amor,
Que insistimos em cultivar.
Rui Azevedo - 25/07/2008