O ULTIMO POEMA DO POETA À BELA DAMA

Compor um poema de despedida é uma tarefa inglória

Sem o glamour de uma proposta

Dos sonhos uma vez tidos,

Da pureza até certo ponto imprópria,

De um céu obstante azul,

É um ultimo verso, de gritos contidos...

Um poema cálido em utopias,

Sem o brilho dos fogos do inicio

Com pétalas murchas e caídas...

Eu te amo tanto que respeito o que decidiste;

Amo-te tanto a ponto de ficar feliz se encontrares teu grande amor

Mesmo que meus sorrisos sejam lágrimas...

E te esquecer será como amputar um pedaço de mim

Vai doer, mas a ferida cicatrizará, embora sempre que a poesia

Vagar sobre minha alma irá sentir as tuas marcas

Encravadas até a sua raiz...

No acaso ou por fim ocaso lembra-te que estou nos versos

Que te escrevi por que não mais estarei aqui

Como já disse esquecer-te requer sacrifícios

Que por teu pedido irei cumprir...

Nas póstumas chuvas mergulharei

Para um inverno eterno, até que sintas repousar

Sobre a tua face às gotas suaves de meu ser diluído...

Após o sol poente uma estrela ascenderá ao céu

Para ser vista somente por ti, tornando-se cadente

Quando precisares de um desejo tácito...

E o luar irá provar de teus beijos férvidos

Sobre afagos de tua juventude

E se casualmente me achares ébrio

Saiba que é a tua face que me mantém a plenitude...

Com os silêncios tardios me alcançando, despeço-me para sempre

Em um verso que escrevo, inacabado, imaculado, depois rasgo...

Daquele que tanto te ama,

Este é o ultimo poema do poeta à bela dama...

Adeus pra sempre.

Ass.: Diego Duarte

O poeta solitário...

Diego Duarte
Enviado por Diego Duarte em 04/08/2008
Reeditado em 25/02/2013
Código do texto: T1112550
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