OITAVAS DE OUTONO AO AMOR



Tudo vai mudar quando chegar o outono,
Com a transição que marca as folhas secas,
E caem no solar dos teus pés no abandono,
Mas o meu big amor estará na tua silhueta.
Na estação aclarada pelo nascimento do sol,
Não haverá mutações bruscas em nossa união,
Com o meu coração pulsando vai ser um farol.
Ardente na cerração da relva sou o teu anfitrião.

E ainda vou colher a margarida desse lençol,
Entre os seios maduros que caem no meu peito,
Quão se fossem as folhas despojadas de outono,
Nos tons avermelhados e amarelados de ardor,
Meu Bem! Não haverá aquecimento mais global,
Em cada hemisfério aglutino o meu sentimento,
Sem efeito estufa será a estação de afeto total,
Onde a blusa preta corre perante os meus olhos.

Escoando nas bijuterias espalhadas no teu corpo,
Apraz-me em tecer os quadros pintados na janela,
Quando abrem e vê a formosura dos meus sonhos,
Debruçados na fisionomia desses fortes galanteios,
Varia o sol no zodíaco nos tempos e fazem planos,
Em amar a doçura desta admirável amante mulher,
De longo outono, fique certa eu serei o teu colono,
Dar-te-ei um trono, pois sou o  dono no teu sono.


ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 06/08/2008
Reeditado em 12/10/2011
Código do texto: T1116335
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.