Solidão

A solidão tortura o homem que moribundo
Olha para o chão, arrebenta-se,
Em lamento, silencia-se em sofreguidão.

A solidão engole o homem que se amofina
Com seu sentimento, sôfrego não acha a porta
Para em fuga por seu desvairado pensamento.

A solidão sufoca o homem que cheio de mistérios
Faz-se pobre e de amor sofrido, tenta recuperar
Mas não dá o que na vida talvez tenha perdido.

A solidão cala o homem e acalma o poeta
Que busca nas palavras o alento da paixão,
Vai rasgando fronteira, desbravando sertão.
R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 23/08/2008
Reeditado em 24/08/2008
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