VENENO DA PAIXÃO!
Chegaste cobra coral coralina,
Agigantada, exalando essências
Afrodisíacas,
Me envolvendo pelos membros,
Debilitando meus movimentos,
Me privando das forças físicas,
Me apertando numa dor louca,
E, num átimo, num abrir de boca,
Pingaste teu febril e fatal veneno...
Nada senti no primordial momento.
Mas brotou no âmago uma brasa
Que pouco a pouco foi crescendo...
Tanto cresceu que tornou-se asas
Invadindo toda o meu coração-casa
Que há muito não estava vazia...
Agora, aqui do cimo, sei quem tu és,
Cobra coral coralina...
Não foi a cobra que expulsou-nos
Do nosso Perdido Paraíso...
Não foi. Pois a cobra eras tu...
Cobra-Coral-Mulher!