O AMOR NUNCA MORRE…NUNCA!

Ah, e se o meu corpo defunto, partisse hoje,

feliz seria a sua partida, sem remorso algum

nem maldade, no meu coração,

pois que te saberia a meu lado, na hora

de minha passagem.

Gostaria ainda, meu amor, que cobrisses meu

ser inerme e sem reacção, com todas as

pétalas, de nosso jardim, e, que, em minhas

mãos, lá deixasses, a mais branca de todas as

rosas, havidas ou por haver.

Sem pranto nem dor, dar-me-ias o teu mais

belo sorriso, e, baixando-te, até mim, nos

meus lábios selarias, um último beijo, que nem

os vermes, ousarão corromper.

Que tristeza não haveria no teu rosto, pois que

nosso amor é filho de todas as cores, as tidas

e as por nós inventadas, em cada palavra dita

ou por nós sussurrada, quando o silêncio cobria

toda a sala, num respeitoso mutismo.

Que não chorem minha partida; e que cantem

e dancem o jubileu, até que a noite dê lugar

a um novo dia, levando comigo o beijo teu.

Não aceito padres, na minha lápide; nem missas

de sétimo dia; apenas quero estar com os meus,

no regresso a casa, pela mão de minha amada.

Cuja sempre esteve comigo, até já sermos bem

velhinhos: mas, ah, esperarei por ti, com esta

saudade, que já se faz imensa, aguardando

a hora, de tua chegada.

Jorge Humberto

24/08/08

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 25/08/2008
Código do texto: T1145106
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