Cai a lágrima

Cai a lágrima, misto de sal e dor,

de meus olhos tristes, quando tua imagem

outrora sempre presente faz

pouso em meus sentidos.

Onde não há sofrimento,

dificilmente meu amor se revela.

Ele necessita da dor como alimento ou como se

ela fosse um copo d`água para saciar a sede.

E tudo é solidão quando os olhos se

fecham para o dia e sentem dentro

da alma as cores da noite vazia.

É aí que o amor projeta as asas machucadas

para além de mim, agitando-as levemente

ao compasso da dor que confrange

o peito dilacerado.

É quando cai a lágrima, fria, que me lembro

que te amei imensamente em um

outro qualquer velho dia.

Rita Venâncio
Enviado por Rita Venâncio em 25/08/2008
Código do texto: T1145669
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