Onde o amor devia estar...

Neste fim de tarde cor de escarlate

Contemplo a vida sem pressa alguma

Sei que em meu coração a paixão bate

A mente flutua sem ansiedade nenhuma

Vejo a cidade se iluminar aos poucos

Suas cores se transformando em luz

O caótico vai e vem absurdo, quase louco

De anônimos, que em pressa se traduz

Sinto um vazio uma solidão atenuada

Um sentimento de querer o tempo parar

Ver a cidade ser assim abandonada

Pelos que somente amanhã vão voltar

A noite que se avizinha triste e escura

Maldiz meus pensamentos distantes

Noite longa, eu desejo sua abreviatura

E me traga a emoção como era antes

Cansado, olhos pesados e perdidos

Tendo o sono a me convidar a sonhar

Viajo no tempo que gostaria ter vivido

Um tempo onde o amor devia estar

Marcelo Scot
Enviado por Marcelo Scot em 26/08/2008
Código do texto: T1146428
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