Pelo andar da carruagem
Se eu fosse pelo andar da carruagem
e um beija-flor chamasse meu nome: iria embora.
Lua branca no céu.
Uma estrela cadente
na iluminária de tantos desejos.
Como o vento
tuas asas rasgam: as folhas
o amor que vem e revigora.
Porque os anjos também choram
quando meu Serafim
abre as asas e parte ao infinito.
Some nas curvas
dentro da imensidão
das sombras do além.
E pelo andar da carruagem
espero por ti
meu doce Querubim de belas asas azuis.