Fugindo do mundo
Eu estava pensando nela
E ela se apresentou
Eu estava pensando nela
E o amor me chamou.
Sai correndo pelas ruas a fora
A noite caía gelada pela cidade
22:00 horas e ninguém mais se achava.
Sai correndo com um sorriso nos lábios
Olhando ao redor, pra todos os lados
Paixão, amor e adrenalina pulsam em meu coração
O amor me chamou e eu a muito já havia perdido a razão.
Havia gente naquela praça,
Casais que se abraçavam, velhos que jogavam baralho.
Não hesitei nenhum instante,
O amor me chamou e eu fui ao encontro dele triunfante.
Chamou uma vez, numero incorreto
Chamou pela segunda vez, algo estava incerto.
Pela terceira, invertido, tudo deu certo.
Ouvia-a de longe, já sabia que era ela
Perguntei pelo costume e tive a certeza... Era a bela!
Escutei o doce som da sereia
Que de malévola e ilusionista nada tinha.
Escutei a voz tão bela
Que de amores encantava o mundo.
E em meio ao devaneio eis que ouço ao longe o som dum cavaleiro
O mal galopava nas rodas tracionadas, vinha ele... O delator dos sonhos derradeiros.
Vi-o ao longe passar,
Poderia ter-me visto?
Apressei-me em despedir, com pesar...
Sai apressada, não querendo correr
Tirei a manta que me agasalhava
Tinha de disfarçar ou então o futuro era morrer.
Segui sozinha, passos confiantes e apressados
Vi-me ao longe da presença mortal do cavaleiro
E sorri, correndo agora livre.
Corri sentindo o vento petrificante da noite de inverno
Corri nas ruas desertas e escuras
Corri com um sorriso e uma leveza no peito
Sorri e corri por que amava e tudo era perfeito
Ah... Corri para os acalorados braços do meu quarto
Para a minha cama que esperava-me
Para o travesseiro que me guaradava bons sonhos
Para a blusa dela que estava guardada e continha seu perfume
Corri... Enfim... Para os braços imagináveis da minha amada...
04/09/08
23:24