Seresta, seresta

se é de reza

ou de promessa

pressa;

pelos teus olhos nus

ou entre as mesas tortas

tombaria diante a luz

recolhendo a carne morta

definhando em tranca-porta

pauta;

sentencia a ligeira perda

sem atingir peitos semi-inflados

destrancando em gafieira

o entre-sono dos definhados

o arauto em eco, contrapõe aurora

quando é de intrigas que se reveza.

o pretexto bemol de outrem à outrora

espaça a lua, da palma enquanto reza

des-te-mi-das linhas

engrossam a prece que me carrega

num bálsamo maluco de discoteca

seresta, querida seresta.

Augusto Guimarães
Enviado por Augusto Guimarães em 26/02/2006
Reeditado em 26/02/2006
Código do texto: T116425