Dona dos teus domínios

Lanho sem pena teu corpo nu e meu

- dona que sou da tua loucura -

da tua doença sem cura,

pelas coxas firmes do meu templo ateu;

é assim que te domo e mando,

é assim que obedeces ao comando

da dama vermelha sem atino,

quando chego te ferindo a coxa,

deixando uma marca roxa

no perfurar do meu salto fino.

E te subjugas ao poder da mulher

da libertina que adentra teus domínios,

e tu imploras por mais querer,

por mais dor a te cobrir de fascínios,

onde exponho tua carne ao rasgar o pano

fiado dos desejos que minha volúpia tece;

sou eu, o demônio mais vil e profano,

que bebe teu sangue e te enlouquece.

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