O AMOR DA MEIA-NOITE

O poeta Este Poeta

Aqui poetando,

Precisa, com urgência,

Confessar

Que de tanto amar

Chegou à demência:

Está amando!

E que amor é este Este Amor?

De corpos pelados

unidos,

Onde não são admitidos

Espíritos isolados

nem remidos,

nem perdoados?

Mas que dilema!

que antítese!

Oh, Amor, eu quis-te!

Pois que não adianta amar

Sem querer nem desejar!

Não adianta querer

e desejar

Sem ao menos perdoar.

Ai, que vicioso círculo

Pois que só pode perdoar

Quem realmente é capaz de amar...

Ai, que loucura de louco insano

Amar assim depois da meia-noite, ou antes:

Mas não posso reclamar, não reclamo,

Pois que este oculto amor é o amor dos amantes!

Elias Araujo
Enviado por Elias Araujo em 07/09/2008
Código do texto: T1165938
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