AMOR DECLAMADO.

Amo-te...

No sol de verão,
Na sombria escuridão,
No cantar, no ar,
Nas folhas á verdejar...

Na clausura da paixão,
Na fria estação,
Em passiva perdição.

Amo-te...

No desalento, em pensamento,
Em grande e belo contento,
Como o necessário sopro do vento.

Além do imaginário,
Como valioso relicário,
Com as mais lindas palavras do vocabulário.


Amo-te...
Amarga ou docemente...
Com o laço presente,
Como festa, em sol nascente.

Além do poder...
Muitos mais do que ter,
Sem me importar com sofrer.

Amo-te...

Como beijo envolvente,
O olhar da serpente,
Tal qual estrela cadente.

Embebida de saudade,
Coberta de cumplicidade,
Enfeitada de verdades.

Amo-te

Em todos os hemisférios,
Quando me tira do sério,
Quando me desvenda os mistérios.

Em todos os verbos,
Além da comida,
Em qualquer fase da vida.


Amo-te de forma voraz,
Porque me satisfaz,
Acolhe-me e dá paz.

Amo-te...

Simplesmente...
Porque me amas,
Além do brilho do olhar,
Como o fogo ardente á procura,
Do refrigério das águas do mar.






Lu Zerbato
Enviado por Lu Zerbato em 08/09/2008
Reeditado em 17/09/2008
Código do texto: T1167548
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