Amor impossível...

Ao paraíso me transportastes,

ao declarar seu amor por mim...

Mas, por que o fizestes?

Não tinhas tu a noção do impossível,

ante a teus olhos?

Não tinhas tu a noção da distância

que nos separa?

Não falo da distância de territórios, não...

Eu falo da distância real entre duas almas,

que a vida, em seus descuidos ocasionais,

deixou-as construir ninhos em separados...

e... e povoa-los...

Não... certamente, não tinhas...

Se tivésseis, saberias o tamanho

do meu conflito...

o tamanho do meu sentir...

o tamanho do meu sofrer...

Em minha crença, defendo a idéia

de uma única vida...

a que foi... a que temos...

Mas, nessa hora de desespero incontido,

de coração sofrido...

de lágrima doridas...

Tento me apegar então, às crenças

de outros irmãos...

A que prega a reencarnação...

Aí então tudo aceito...

Aí então tudo se ajeita...

Cruzeiro-SP-Brasil

João de Assis
Enviado por João de Assis em 17/04/2005
Código do texto: T11684