NOSTALGIA
NOSTALGIA
Carrego em silêncio, o peso
De tristes alvoradas solitárias
Das despedidas indesejadas
Com sabor de desespero
Pesa-me também o segredo
Da tradução substanciosa
Dos aromas desabrochados
Por fecundos recônditos
Levavam-me estes aos troféus
De tantos gozos esplêndidos
De tantos ápices inebriantes
Com jeito de morte eminente...
Careço de um amor renovado
Daquele sentimento original
Que me desperte urgentemente
Desta emocional letargia
Desejo penetrações e toques
Não mais sensações brandas
Desejo prazeres vibrantes
Com real presença de vida
Não quero mais despedidas
Nem solidão agonizante
Nem saudades delirantes
Não quero mais nostalgia!
Leopoldina, MG, 09 de agosto de 2007.