NA ESCURIDÃO DA NOITE

NA ESCURIDÃO DA NOITE

Alfombras, relvado macio, quente.

Dois corpos celestes trocam carícias

São almas em êxtase, indiferentes.

Gira o mundo e a mente fantasia

Sombras extraídas do delírio

Querer-te além da vida

Pois nem a morte seria um martírio

Na eternidade o amor teria guarida

Na amplidão da noite escura

Silêncio em comunhão com a ternura

Espreitam os espectros embevecidos

Precedem atos amorosos e juras

Amar com sinceridade é a cura

Das trevas que lhes quer esquecidos!