UM JARDIM CHAMADO AMOR

Neste jardim, que é nosso, lá pusemos

as mais distintas flores, que nos falassem

ao coração, partilha comum, de um amor,

que na terra aprazível, cuidamos de plantar.

Hoje o jardim rejuvenesce a cada manhã,

praticamente vingando sozinho, em luxúria.

Regozijo para a dedicação, que lhe prestamos,

em horas de esforço e muita beleza no peito.

Foi um trabalho árduo a dois, pois não logo,

há partida, todas as flores tiveram seu apogeu.

Plantamos e replantamos, escolhendo as

terras mais férteis, até que o milagre se deu.

Hoje bem fortes, apelam aos nossos sentidos,

e, eu não resisto, em colher, de todas, a mais

bela flor, de tua predilecção, para te ofertar,

como se de um segredo, muito bem guardado.

Conhecedora de meus gestos mais primários,

teus olhos, em largo sorriso, parecem adivinhar,

aquilo a que me apresto a realizar, de pronto,

sabedora de há muito, do meu bem-querer por ti.

E quando nos levantamos, no raiar da manhã,

e nos dirigimos à janela, que dá para o jardim,

abraçamo-nos satisfeitos, pelo nosso trabalho,

pois somos nós, o nosso amor, que ali frutifica.

Jorge Humberto

09/09/08

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 10/09/2008
Código do texto: T1171023
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