Devassas Marias

Ah, Emanuelle envolta de suas Marias, tornando-se una ao sabor dos

braços do homem amado. Ela, que em tantas luas, deita sobre a poesia do corpo másculo e rima profundezas de gozos e gemidos.

Ah, Emanuelle de tantas Marias, que anseia o tempo, o momento vindouro de um novo êxtase, sagrado pela pena do poeta que a desnuda e a toma.

Maria que se fantasia em dias de carnaval

e em todos os tempos de chuva e outono

que se despe, andando nua pelo vendaval,

passeando desejos em busca de seu dono.

Emanuelle, a Maria transvestida de poesia,

sopra leve sua luxúria ao homem certo;

dando-lhe a fonte do prazer pela orgia,

dando-lhe de beber na bica a descoberto.

Arrebatada pela fúria dos ventos na garganta,

solta a peia deixando entrar a chuva mais quente

do másculo que aporta na catedral sacrossanta,

ajoelhando-se em rezas ao terço crescente.

Maria, a que de tantas, Emanuelle ainda se fez

aos segredos do templo que o homem comanda,

tornando-se una, mostrou-lhe uma única tez

- dos mil corpos que toma em sua demanda -

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Uma carícia recebida do Poeta Anderson Fabiano:

http://www.recantodasletras.com.br/duetos/1174344

Obrigada, querido.