MORTE SÚBITA

Sinto o coração gelar...

Como se raízes negras e venenosas –

Dele tomassem conta...

O telefone toca, toca...

Não quero atender-

Pode ser que sejas tu, a me dizer

Coisas que já decidi não mais velar...

Quero esquecer...

Quero te esquecer...

A insistência dessa campanhia me atordoa...

Meu sangue ferve...

Já não sei mais se ódio ou amor...

Já não consigo discernir o que vai dentro de mim.

O telefone continua a insistir-

E esse som de campanhia, como que dentro do meu peito

Tocando insistentemente me atordoa...

Me deprime...

Quero atender e te falar que não te amo mais-

Quero atender e ouvir a tua voz de choro, de lamento-

Pedindo p´ra voltar, -

Soluçando um perdão...

Mas tenho medo...

Medo de atender, te ouvir chorando

E como sempre acabar te perdoando...

E desta vez meu coração parece esfriar...

Se não atendo e esse amor se acaba?

Morro com ele, definhando,

Não vivo mais...

Mas se perdôo, de novo vou sofrer essa desilusão??

Por quanto tempo ainda vou viver assim? ...

Então eu me pergunto mais uma vez

“Por que a indecisão desse amor mata o eu que está dentro de mim?”

Eder Mag
Enviado por Eder Mag em 01/03/2006
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