(E porque não?)

Não tenho escrito...

Tenho mantido restrito

Guardado dentro do peito

A verdade que nem eu mesma aceito.

A verdade geralmente é dura

E o meu coração já não segura

Essa falência amorosa

Que minha mente aceita mas não endossa.

Tenho procurado a cura

Mas é em vão a minha jura

De a um novo amor me entregar,

É você que mesmo distante eu insisto em amar...

Todas as noites eu me entrego a ti

Em sonhos coloridos e perfeitos

Mas ao amanhecer o cantar do bem-te-vi

Faz-me ver que tudo não passou de mais um dos meus devaneios...

Queria arrancar-te de minha vida

Com a precisão cirúrgica bem sucedida,

Mas só em pensar já me sinto abatida

E peço que o dia se vá e pela noite seja sucumbida

Para mais uma vez em seus braços estar

Nesta insana maneira de amar...

Não sinta piedade dessa mulher,

Apenas ore para que ela compreenda

Que outros querem o que você não quer

Um amor tão grande que até surpreenda

Esse alguém que a faça esquecer

Que um dia por ti pensou em morrer...

Só que de amor não se morre.

O tempo passa, corre!

E um certo dia o que era dor

Transforma-se em um novo

(E porque não?)

Imenso e verdadeiro amor!