Nado livre
sinto frio
o mesmo de sempre
sento-me so zinho e longínquo
esperei tanto tempo a borboleta
na sombra
(quero-te tanto)
disse para comigo:
nunca é tarde demais!
tenho a impressâo que vai chover
preciso fazer algo!
estou morto por fazer algo:
sambar
correr o risco de fumar a vida
andar em bicos de pé
com a pretexto de dizer o silêncio
encolher os ombros
vivar o carro
e vivar-se para...
só mesmo a horizonte
e a miragem.
o milagre?:
nâo sei do paradeiro dele.
ele está para chegar
"pare,escute olhe"
a borboleta
a que vejo
é noutra parte
exposta ao sol
vestida de sunga
passa o creme bronzeador pelos braços
e canta em voz baixa:
do ré mi
mi ré do..
já nâo sei o que fazer...
si tiver tempo,
escrivo..
o afresco inteiro
sobre "Borboleta".
01/03/2006