Saudade involuntária

Nos ventos frígidos das noites

Na saudade involuntária do meu coração

Vejo-me preso aos amores

Na ação de um poeta, na loucura de um cristão.

Dores que nunca senti

Feridas que nunca vi sangrar

Sinto o vento partir

Os versos que eu tava apagar

Meu corpo imóvel junto à noite

Deleita-me junto ao empírico

Desmaiado na loucura de um pagão

Jovem rico, pseudopoeta.

Entorpecido com a lucidez

Ludibriado com a razão

Já não sinto nada

A não ser o chão

As noites passam

Os dias vãos

Mas minha loucura se procria

Como os vermes no pão