A ROSA
Um brilho pálido cai em meu silêncio
como a calma, antes que o dia chegue
como a rosa, presa em minhas mãos.
Sim, a rosa vermelho sangue,
que derramaste em minha alma
estrela tímida de minha madrugada.
Talvez me desole de mansinho
do mundo que te pertence, com o leviano
desejo de um beijo teu.
Já pressinto o riso malvado
da insolente solidão que ri
de mim, de meus pobres sonhos.
E em breve deitarei na praia
com o vento a zombar de mim
da dor que a rosa deixara.
Que importa ao mundo a dor
que outrora fôra alegria, a mesma
dôr cadente do espinho da rosa sangue
Adeus esperança minha! Adeus !
deixe que a saudade se deleite
que o sonho perca tuas asas.
Deixe que o espinho fira meu sorriso
que a rosa seque ao sabor do vento
falsete, deixe...
Deixe que tudo se apague
perca a cor vermelho sangue
para ao menos te esquecer.