Entrega

Em minh alma guardo segredos

Que o coração desconhece

Ilusões, dores, medos

Que a teia da Vida tece

Minha ansia de viver e amar

é o que assim me move

E a angústia do saber

Hoje já não me comove

Aos céus abro os braços

buscando das estrelas o fulgor

Com o mundo crio laços

em plena doação do amor

Me entrego nos braços do Encanto

que é amar sem ter porque

E meu desejo, puro e santo

urge em vulcão sem adormecer

Nesta estrada que percorro

Busco em cada olhar o luzir

Encontro: me perco e morro

e como Fenix, torno a surgir.

Ana Cristina Cattete Quevedo
Enviado por Ana Cristina Cattete Quevedo em 16/09/2008
Reeditado em 14/01/2009
Código do texto: T1180577