E que todo mundo veja!
E que todo mundo veja!
Pega minha mão, me beija
Em frente à multidão? Que seja!
Espero mesmo que não haja
No mundo, quem não veja.
Afaga meus cabelos, longamente
E me deixa repousar em teu semblante
Contendo o coração, que te deseja
E que, então, te baste meu bastante
E mesmo o tempo pare, neste instante
Num silêncio à minha atroz tristeza
Mas, pousada na rocha da tua certeza
Na tua solidez de vasto continente
Apanho-me a chorar, subitamente
Suspirando... indiferente, indefesa.
(Djalma Silveira)