Ele, Ela
Um dia, o encontro.
Ele, poeta,
encantou-a, alma sensível,
com cantos de madrugadas
(Essa hora na vida ou no dia
em que tudo é magia
e em tudo transmutável;
de um modo, serenidade,
de outro, apaixonada)
Do encontro, a identidade:
o amor fez-se presente
e forte.
Tornou-se visível,
e tanto,
que a ninguém escaparia
a percepção do que os unia...
e quanto!
E foi assim que eu,
também poeta,
tive a sorte,
ou a ousadia,
de estar-lhes por perto um dia
e ouvir
(jargão dos amantes!)
os versos que ele fez pra ela...
"Somos o encontro
da alma quente
com a alma fria...
Isso não é amor, é poesia!"