VENERAÇÃO

O desejo do poeta é ter uma obra prima

Que mostre seu coração a sua alma

Que supere sua própria intelectualidade

Que mostre sem permeio sua mabealidade

Seus desejos, seus prantos seus medos

Suas paixões, sonhos e devaneios

Suas alegrias suas felicidades

E que diga que alem de todo poeta

Ser tido como um vagabundo sonhador

Ele convive no século vinte e hum

E crer também na realidade

O desejo do poeta é sua inspiração

Sua loucura é ter amores mil

Amar a todos com muito fervor

Só porque aprendeu a amar

O destino do poeta é fascinar

O poeta é um louco por fantasiar a vida

Para a vida de muitos encantarem

Mas se o poeta não tiver uma musa

Será triste o seu versejar

Senhora da minha inspiração, lhe falo!

Que adoro o amanhecer, e espero com ternura

O anoitecer, onde os pingos de estrelas

No veludo negro a cintilar

Trazem-me todas as lembranças que tive

De você durante o dia

Para que eu durma impregnado de você

Sonhando que você é minha obra prima

E sossegado, abrace o céu como se tivesse a lhe abraçar...

Barret.