AMOR SURREAL

Costumava com pequenas coisas, conviver

Coisas que eu podia ver em meu silêncio

Ou na certeza da solidão do meu querer

Como algo que queima como incêndio.

Uma acesa chama de amor e incerteza

Como algo que se olhar sem se ver

Como se forte brilho fosse de beleza

Que aprisiona a alma de quem ver.

Como se fosse uma ilusão tênue e fugaz

Que dilacera a dura e fria calma da razão

Como se pouco importasse um tanto faz

Quando a melancolia vence o coração.

Como uma linda flor que nos encanta

Sem nos dar o aroma de um perfume

Mas como uma suavidade que é tanta

Qual o tal ingênuo gosto do ciúme.

Ciúme inexplicável e sem razão

De um amor supremo e tão intenso

Que desdenha a alma de paixão

Num delírio de sonho tão imenso.

Ah! Esse meu inferno de querer

Viver o traçado de um desenho incerto

O ritmo fugido de uma bela canção, querer

Viver um amor irreal, surreal, incerto.

Jayasmim
Enviado por Jayasmim em 02/10/2008
Código do texto: T1208606