Sublime amor

Ainda hoje senti o brilho intenso de tua presença

a marejar-me os olhos.]

A distância entre corpos não supõe a que existe entre as almas

dos que se amam.]

Num passado não muito longe encontrei teu corpo

abrigo].

A chamar-me pras coisas da vida, a mostrar-me a leveza do ser.

Susurrava-me palavras doces de encantamento, esperançava o coração da menina.

Fazia bater o peito da mulher que dormita, enrubescer a fronte, calar a voz, apertar o coração.

Melodias bonitas saídas do cerne de árvore frondosa;

Tudo foi melodia e harmonia, luz e encantamento;

Dança, poesia, flores em crescimento.

Jardim de rosas vermelhas, com espinhos delicados a chamar-nos

para a realidade].

Noites de estrelas em teus olhos, naquela serra onde o chão virou céu,

a noite tornou-se dia, o amanhã contentou-se com o hoje e o ontem por um instante foi esquecido.

Onde o medo falou em tua boca e os olhares comungaram o sublime amor.

Tudo foi risos, confidências e diálogos exaustivamente ruminados.

Tudo foi tempo demais pra pouco tempo.

Foi sonho da realidade, volitação, ato de fé.

Presente de Deus.

Continua sendo oração.

Pra não esquecer o amor, amar

O irmão que sofre]

Pra não blasfemar a dor, reconhecer

Exemplos grandiosos no ler e reler]

Pra aceitar a distância, confiar

No amor do Pai a nos iluminar]

Colibri
Enviado por Colibri em 03/10/2008
Código do texto: T1208860