CAFÉ DA MANHÃ

Migalhas de vida esparramados na mesa

Cacos de um destino a rasgar a toalha

Lágrimas de dor umedecem o ambiente

E um ar impregnado de ausência

faz perceber a saudade no ar.

De um lado uma cadeira apara

o corpo do poeta

Do outro, outra cadeira

apara o nada.

A fome de amor invade a alma.

Pesa na penumbra da manhã cinzenta

um olhar de adeus, um aceno de mão.

E um insuportável vazio

toma conta da mesa posta.

Carlucho
Enviado por Carlucho em 03/10/2008
Reeditado em 03/10/2008
Código do texto: T1209895
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