Sou Filho Sem Pai

Aonde andam meus heróis?

Cadê minha infância perdida,

sonhos diluídos nas esferas sentimentais,

menino crescido sem pai,

educado pelos avós, que se curvaram

diante do tempo,

não tiveram tempo de me ver homem!

Qual é o meu verdadeiro pai,

ou serei eu mesmo diante de meus filhos?

A quem devo pedir conselhos,

espreitar experiências sem rédeas

de uma alma vagando a esmo?

Herói, era um cavalo branco,

imaginário das lendas do Fantasma,

quando paginava o meu gibi...

Oh, minha Narda,

faça - me Mandrake das

coisas que eu queria ter,

de voltar a pensar no meu herói,

porque sem ele, nada se constrói,

apenas, caminha - se em vão!!!

Estou no entardecer dos meus pensamentos,

comungando razões plausíveis,

de que meu caminho será purificado,

e na minha passagem pela estrada,

refletirá sobre as nuvens celeste,

a tua imagem,

consagrando - me, o teu filho...