Os amores

Fala-se muito do amor presente

Guarda-se tudo do amor ausente

Com a certeza plena daquilo que se sente.

O amor na infância é a mais pura semente

Que a vida, de surpresa, planta no coraçãozinho da gente.

O fogo da paixão arrebata inclemente

O sonhador coração adolescente,

E em alvoradas e brumas,a alma, loucamente,

Ocila no balanço do amor constantemente

No começo, febre que inflama tenazmente

O corpo que almeja tocar longamente

Aquele que é alvo do amor latente.

Depois, a certeza calma de quem sente

Que o amor toca-se mutuamente

E que espontâneo, retruca docemente

São duas almas querendo sempre

Se amar no fogo, na calma e na ternura, eternamente.

GLÉCIA FERREIRA
Enviado por GLÉCIA FERREIRA em 13/10/2008
Código do texto: T1226553
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