NA ILHA DOS AMORES
 
São d’um longínquo amor
Estes lamentos que caiem do peito
Neste mar de emoções
Lágrimas agridoces pela fonte
Num remoinho de amor
Qual rio de margens comprimidas
 Prestes a rebentar
Numa saída louca para o mar
Nestas lágrimas incontidas
É dor que ainda choro
Esta saudade que de ti me mata
Fazem transbordar a taça
Da qual escorrem lindas flores
Na minha carne a ausência
Das tuas mãos
A recordação me invade
Do que vivemos lá longe
Hoje chama-se saudade
A imensa troca de carinho
De eu e tu no nosso ninho
Na misteriosa Ilha dos Amores


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Susana Custódio



Sintra, 18 de Outubro de 2008