Todos os dias, na igrejinha
Venho aqui nesta igrejinha
Todo domingo orar a minha santinha
Por esse amor que habita em meu coração
De joelhos marcados pela cega fé
Fecho os olhos e penso naquele que é
O homem que mora dentro do meu peito
E peço contrita, carinho deste sujeito
Que nem desconfia da minha afeição
Por que para ele sou indiferente?
Será que meus olhos
Não mostram o que sentem?
E entre meus dedos ele escapa de vez
Mais uma vez...
Meu desejo é que ele veja que aqui estou
Doando minha alma e tudo que sou
Meu respirar, meu amar, meu sonhar
E minha tortura findar
Pois não agüento por ele sozinha esperar
Seja meu companheiro
Seja meu amigo
Seja meu por inteiro
Me olhe e diga
Que teu coração te obriga
A dizer que me quer
Como sua mulher
Aguardo esse dia
E sei que ele ha de chegar
A pedir somente
Um pedaço de mim
A semente guardada
Do meu amor sem fim