TERNURAS

Em meu amor há tanta ternura!

Velam-se meus olhos com as

palavras quase infantis com que

me acorda o corpo.

Em meu amor, há tal ternura.

Suas mãos, borboletas irrequietas

a brincar em minha pele jardim.

Em meu amor, a ternura é um

cálice a se derramar, beijos são gotas

e se desmancham em meu corpo.

Em meu amor, a ternura é uma

bolha de sabão, colorida, crescente.

Bolha infinita e breve e eu inteira

suspensa, a esperar o momento

em que vai, em mim, explodir

Ternamente.

Saramar Mendes

Saramar
Enviado por Saramar em 15/03/2006
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