Tarde fria,
Minh'alma pede a sua, 
Que perdidamente vaga, 
Em outra rua. 

Gélida inocência, 
Doce transparência, 
Compaixão, 
Loucura, Eloqüência. 

Sofro de saudade, 
Fogo que queima, 
Fagulhas que ardem, 
Nesta triste cidade. 

Nada será tão completo, 
Como o sublime afeto, 
Olhos fixos... 
Amor desperto.
 
Destila-me no beijo, 
Provoca-me com gracejos, 
Desmonta-me em desejos. 
Sou tonta, boba, carente, 
Verdades bem ditas, 
Canções coerentes. 

Descomplico-me com sua proximidade, 
Invade-me uma plena saudade... 
De paz, amor... 

Da sua fugacidade.
Lu Zerbato
Enviado por Lu Zerbato em 19/10/2008
Reeditado em 19/10/2008
Código do texto: T1236816
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