Meus versos
Meus versos são cheios de romantismo.
Não um romantismo meloso,
mas agudo como a dor.
Meus versos têm toques existencialistas,
que cortam a minha alma,
e caem sobre folhas de papel
em forma de poesia.
Sento-me à mesa e fico procurando,
viajando, jogando o anzol
como um pescador de sonhos,
capturando idéias...
Não crio a partir do romantismo do dia-a-dia.
Minhas imagens falam de coisas maiores,
quase sempre alegorias ou sonhos que forjam
uma realidade alterada do cotidiano.
Meus versos não são de um romantismo tradicional.
Mesclo a dor-de-cotovelo
com a acidez de uma geração
que vive num mundo muito mais duro,
menos solidário, mais competitivo e artificial.
Meus versos são cheios de romantismo.
Romantismo de quem,
sob o luar, se embebeda e os tece,
contemplando as paixões.